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sábado, 26 de março de 2011

Discurso de Obama no Brasil e o Iêmen.

Assisti pela TV, é claro, ao discurso do Presidente Obama na sua visita ao Brasil.


Não é que ele nos parabenizou pela "vitória" contra a ditadura militar? Fiquei pensando com os meus botões: "ué? Não foram vocês que financiaram e instalaram os militares no governo do nosso país e na América Latina? Não foram vocês que em nome da democracia ensinaram os policiais brasileiros a torturar e "desaparecer" com milhares de suspeitos? Na moral Obama, não precisava ser cínico até esse ponto e tocar nesse assunto como se nós já não nos lembrássemos do que passamos nos anos de chumbo.
Acho que alguém disse a ele que temos memória curta, e às vezes temos, e que já não nos lembraríamos da "forcinha" dada pelos arautos da democracia mundial aos militares do lado de baixo do Equador. Se o Obama queria ser simpático ao invés de cínico, deveria então ter pedido desculpas, como os papas fazem hoje quando falamos de Da Vinci, Copérnico, Galileu e outrem.

Acompanhando as notícias no mundo eu ouvi falar de um país que está a beira de uma guerra civil, o tal país tem um ditador no governo há décadas, massacrando a população, tem reprimido com violência as manifestações , já causou a morte de mais de 50 civis e o número aumenta sem que haja muita preocupação quanto a isto, o mundo noticia mas os governantes não se preocupam e deixam o povo à sua própria sorte.
Pensaram na Líbia né? Não, caros leitores, não falo da Líbia de Khadafi. Falo do Iêmen do presidente Salé que tem causado mais danos aos seus habitantes, reprimindo as manifestações com uma violência mais absurda do que Khadafi. Mas se é assim porque Estados Unidos, Inglaterra, França, Itália, ONU e todos não "ajudam" o povo iemenita com o mesmo denodo com o qual atacam Khadafi e antes atacaram Saddam?
Acertou quem disse: O Iêmen produz míseros quatrocentos mil barris de petróleo e a Líbia hum milhão e setecentos mil, além da posição geográfica estratégica. Os EUA praticamente perderam o Egito, ditadura democrática na visão americana e por isso apoiada por eles até o fim, e precisam desesperadamente de um apoio naquela região para evitar ataques contra Israel e é claro ter como atacar os países árabes quando lhes for conveniente e tem o petróleo, não podemos nos esquecer.

Acho graça que tem brasileiro distribuindo emails por aí apoiando a usura dos países ricos pelo petróleo. Quero ver, aliás Obama já deixou claro o interesse, quando eles vierem atrás do pré-sal.

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