de assessora em mais um escândalo envolvendo políticos no sul da Bahia. O esquema é muito comum em algumas Câmaras, mas poucas pessoas têm coragem de denunciar. Em alguns municípios o funcionário é empregado com salário de quase R$ 5 mil, mas só leva R$ 300.
Este parece ser o caso da ex-assessora Eliana dos Santos, do bairro Teotônio Vilela, em Ilhéus. Dona de uma casa simples (foto mais abaixo), ela diz que acreditou nas boas intenções do vereador Tarcísio Paixão (foto), a quem ajudou na campanha, e aceitou o emprego de assessora no gabinete.
O salário seria o maior já recebido por Eliana, com direito a tíquete alimentação. Mas ela afirma que nunca recebeu o valor que consta no contracheque nem tinha acesso ao cartão de saque. Dos R$ 2.690 oficiais, ela recebia apenas R$ 300 mensais.
Mesmo assim, conta, “depois de mandar muitos recados para o vereador”. Eliana decidiu denunciar o esquema porque não achava justo o esquema. “Ele me contratou dizendo que eu ia ganhar aquele valor que consta no contracheque, mas isso não ocorreu”.
Outros casos
O escândalo se tornou público quando o procurador federal em Ilhéus, Israel Nunes, publicou em seu blog entrevista com a ex-assessora. Ela explicou que durante quase três anos só lhe foram repassados 5 contracheques e que o esquema era igual com outros assessores.
Eliana dos Santos foi coordenadora de campanha do vereador Tarcísio Paixão no bairro onde mora, o Teotônio Vilela. O procurador federal Israel Nunes afirmou que fontes lhe contaram que o vereador ficava com parte dos salários de vários assessores.
A ex-assessora prestou queixa na polícia e constituiu advogado para tentar receber quase 90% do dinheiro que Paixão é acusado de ter se apropriado indevidamente durante quase três anos.
A Câmara de Ilhéus, que entrou em recesso de final de ano logo após a eleição da Mesa Diretora, não se pronunciou sobre as denúncias. Na sexta-feira, 17, a reportagem de A Região tentou ouvir o vereador sobre as acusações, mas ele não foi localizado.
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